... de conto em conto e reconto
Você sabia que contos,
provérbios, canções, mitos e lendas também podem ser considerados patrimônio
cultural?
Cada povo encontrou meios de
transmitir conhecimentos e costumes e até de registrar momentos da própria
história através da oralidade. A mídia mesmo teve suas origens assim. Ainda na
antiguidade, as notícias eram comunicadas em praça pública para grandes
multidões de maneira falada e, no boca a boca, se espalhavam por todo o
povoado.
Artifícios como métrica, rima e
ritmo são utilizados desde sempre na transmissão oral de informações, de forma
a tornar essa transmissão mais eficiente e os conteúdos narrados mais fáceis de
memorizar.
Algumas estruturas e formas de
contar foram se constituindo entre os povos através da repetição do conteúdo de
maneiras específicas, transformando-se em verdadeiros repertórios e a esses
repertórios passados de geração a geração dá-se o nome de tradição oral.
E a Aletria vai se despedindo de
2016 com um conto natalino. Você já ouviu falar sobre a Lenda da vela de Natal?
Lenda da vela de Natal
Era uma vez um sapateiro pobre que vivia numa cabana, junto
à encruzilhada de um caminho, perto de uma humilde aldeia. Como gostava de
ajudar os viajantes que passavam junto à sua casa durante a noite, o sapateiro
deixava uma vela acesa todas as noites na janela da casa para lhes iluminar o
caminho.
Certa altura, deu-se uma grande guerra que fez com que todos
os jovens partissem, deixando a aldeia ainda mais pobre e triste. Ao verem a
persistência daquele pobre sapateiro que continuava a viver a sua vida cheio de
esperança e bondade, as pessoas da aldeia decidiram imitá-lo e, na noite de
véspera de Natal, todos acenderam uma vela nas suas casas, iluminando assim
toda a aldeia.
À meia-noite, os sinos da igreja começaram a tocar,
anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os jovens regressavam às
suas casas! Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”.
A partir daquele dia, acender uma vela na véspera de Natal
tornou-se tradição em quase todas as casas. É o símbolo da boa nova da vida que
se renova!
*Lenda de origem austríaca - Autor desconhecido